A paralisação foi deflagrada na manhã de
hoje. O turno da manhã da planta industrial da Usina Guarani foi o
primeiro a parar, com cerca de 70 pessoas. Mais uma leva de
trabalhadores, que trabalharam durante a noite, também queriam parar, no
entanto não podiam para não parar as máquinas da empresa.
O Sindicato dos Trabalhadores nas
Industrias a Fabricação do Álcool de Guaíra informou que seu
departamento jurídico estava acionando a Delegacia do Trabalho de
Barretos para evitar que os trabalhadores que estavam na empresa
ultrapassassem as 10 horas trabalhadas — limite estabelecido por lei.
Para o presidente do sindicato, Célio Pimenta a carga excessiva significa o risco de acidentes.
Os trabalhadores da Guarani pararam
porque a data base — época de reajuste — da categoria foi em maio porém a
empresa, sindicato e trabalhadores não entraram em acordo com o
percentual de reajuste. Os funcionários pedem 15% e a empresa oferece 5%. De acordo com o sindicato em outras empresas foi fechado o reajuste de 7%.
A estimativa é que no final do dia cerca de 450
funcionários estejam engajados na greve, cuja pauta de reivindicações
ainda tem como itens o aumento no valor do tíquete alimentação de R$ 160
para R$ 260 e o enquadramento dos cargos e salários na carteira de
trabalho, ou seja registrar e remunerar os operários de acordo com a
função. No começo da manhã o sindicato tentava estabelecer contato com a
diretoria da empresa para negociar uma proposta melhor para o final da
greve.